A vesícula biliar é um órgão acessório do trato digestivo, que está associado a vários canais (vias biliares). Sua função é armazenar a bile produzida pelo fígado e direcioná-la ao intestino, onde ela atua no processo de digestão das gorduras vindas da alimentação.
As pedras (cálculos) costumam ser formados por colesterol. São mais comuns em mulheres do que em homens, e em idades mais avançadas.
Grande parte da população apresenta pedras na vesícula, mas não manifesta sintomas. A colelitíase provoca sintomas típicos de cólica biliar: o paciente apresenta dor do tipo cólica no quadrante superior direito do abdômen, normalmente após ingerir alimentos gordurosos ou refeição volumosa. A dor pode estar associada à náusea e vômitos, e tende a melhorar com uso de medicamentos sintomáticos, como Buscopam®.
O tratamento definitivo é cirurgia para remoção da vesícula e dos cálculos. Na ausência de sintomas, o paciente pode ser acompanhado clinicamente pelo seu cirurgião até que seja necessário intervir cirurgicamente. Por isso, se você apresenta sintomas parecidos com os descritos, procure seu cirurgião para ser corretamente diagnosticado e acompanhado.
A colecistite é a inflamação da vesícula, que na maioria das vezes apresenta-se junto com pedras.
O paciente queixa de dor inicialmente mal localizada no abdômen, que com o passar das horas vai se tornando cada vez mais localizada no quadrante superior direito do abdômen, podendo, às vezes, irradiar para o ombro direito. É comum haver febre, náusea, vômito, perda de apetite e prostração. O ultrassom permite o diagnóstico de inflamação da vesícula e presença de cálculos com precisão.
O tratamento de colecistite deve ser feito com a retirada cirúrgica da vesícula biliar (colecistectomia). A técnica convencional (técnica aberta) consiste na confecção de uma incisão na borda inferior da última costela direita para acesso à região das vias biliares. A técnica laparoscópica, por sua vez, apresenta vários benefícios, incluindo incisões mínimas, menores taxas de complicações pós-operatórias, menor tempo de hospitalização, menos dor, recuperação mais rápida e melhores resultados estéticos.
Os cálculos da vesícula biliar podem sair e ficarem presos no ducto colédoco, que é um dos vários canais responsáveis por transportar a bile até seu destino final. O entupimento do colédoco gera o quadro de icterícia (coloração amarelada da pele, dos olhos, das mãos e da língua).
Pode ser necessário investigar o caso com a ressonância de vias biliares (colangiorresonância) e a CPRE (colangiopancreatografia retrógrada endoscópica).
O cirurgião deve ser o responsável por conduzir e acompanhar de perto dos casos relacionados à vesícula biliar e às vias biliares devido ao caráter eminentemente cirúrgico do tratamento dessas doenças. Portanto, na presença de quaisquer dúvidas e/ou sinais e sintomas sugestivos de doenças biliares, não hesite em procurar seu cirurgião.
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