Até certo ponto, é normal haver episódios esporádicos de refluxo do bolo alimentar do estômago para o esôfago. Porém, a partir do momento que esses episódios se tornam muito frequentes e causam sintomas desconfortáveis ao paciente, considera-se que estamos em frente a um quadro de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).
• Condições que aumentem muito a pressão dentro do estômago, como refeições volumosas e ingestão de muito líquido junto à alimentação.
• Condições que deixem o esfíncter esofagiano mais relaxado que o habitual, como tabagismo, gestação e alguns medicamentos.
• Destruição anatômica da região de transição entre esôfago e estômago, normalmente causada pela presença de uma hérnia de hiato.
• A obesidade é um fator de risco muito importante para o surgimento da DRGE. O aumento da pressão dentro do abdômen e as refeições normalmente muito volumosas colaboram para que haja refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago.
Manifestações clínicas
Os sintomas típicos são sensação de queimação no tórax que acontece principalmente nas primeiras 3 horas após a alimentação e ao se deitar, e regurgitação. Casos especiais podem cursar com sintomas não relacionados ao trato digestivo, como tosse, engasgo, erosão do esmalte dos dentes e piora das crises de asma.
Diagnóstico
Na maior parte das vezes, o diagnóstico é feito pelas queixas do paciente. A endoscopia digestiva alta (EDA) é um exame bastante utilizado, mas não é obrigatória em todos os casos.
Complicações
A agressão contínua ao tecido do esôfago pelo conteúdo extremamente ácido que reflui do estômago pode evoluir para uma condição chamada de Esôfago de Barrett. Essa condição apresenta risco de evoluir para câncer de esôfago.
Tratamento
O primeiro passo é realizar algumas mudanças em hábitos de vida, como diminuir o volume das refeições, não ingerir líquidos junto com alimentos, não se deitar após refeições, elevar a cabeceira da cama, cessar o tabagismo e perder peso.
Alguns casos não melhoram com os remédios, precisando de intervenção cirúrgica. O objetivo da cirurgia anti-refluxo é restabelecer o bom funcionamento do esfíncter esofagiano através de uma fundoplicatura.
A fundoplicatura é a criação de nova válvula funcional para impedir a volta do alimento do estômago para o esôfago.
A cirurgia é feita por laparoscopia (cirurgia por vídeo) e o tempo de internação costuma ser de apenas um dia. O médico cirurgião costuma orientar a manter dieta líquido-pastosa na primeira semana após o procedimento e a evitar dirigir e realizar atividade física (mesmo que leve) nos primeiros 10 dias.
Passe pela avaliação de um cirurgião para que ele estude detalhadamente seu caso e assim possa te orientar a escolher o melhor método de tratamento para melhorar sua qualidade de vida.
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